Atualmente deparamos com várias inquietações
relacionadas à educação. Uma das inquietações preocupantes é a desmotivação e o
desinteresse dos alunos. Ultimamente
percebemos que os alunos estão sem interesse. Isso nos leva a refletir sobre a motivação. A motivação, o interesse e a
participação dos alunos nos diversos níveis de escolaridade tem sido uma das
grandes preocupações.
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Constantemente deparamos com as
seguintes queixas:
a) “ É preocupante a falta de participação e
interesse pelas aulas.”
b) “Os
alunos estão sempre ausentes no
cumprimento das tarefa;”
c) “
Os alunos estão indisciplinados”.
d) “ Esses alunos não querem nada.”
Já paramos para pensar que tipo de motivação estamos dando aos nossos alunos? Paramos para observar como nossos alunos saem de casa e chegam na sala de aula? Como estão as cabecinhas dos
nossos alunos quando chegam à escola? Refletimos
qual o maior e principal objetivo que o aluno tem para frequentar a escola? Será que em algum momento paramos para pensar
que cada aluno é especial, que cada um deve ser tratado separadamente, que cada
caso é um caso?
Precisamos fazer uma reflexão e começar a ver
melhor com mais profundidade os nossos alunos.
Motivar para a aprendizagem escolar é uma tarefa
nada fácil, pois se percebe que os alunos não encontram razões para aprender.
Se o aluno não encontra significado no trabalho que tem a realizar, se não vê
perspectiva futura nesta aprendizagem, provavelmente não terá interesse em
aprender. Para que estes problemas não se tornem um caos, o professor precisa
analisar cada caso e aprender a olhar de forma diferente, procurando entender
quais as causas que levam os alunos a agirem dessa forma e o que é possível
fazer para que esta realidade reverta em benefícios positivos.
Segundo ANTUNES (2002, p. 23) “Devemos sim,
encontrar um equilíbrio entre silenciar ou fazer um bicho-de-sete-cabeças
daquilo que às vezes, pode ser um ato grave, mas também um grão de areia ou um
fato circunstancial”.
Cada professor tem um olhar diferenciado sobre um
determinado problema, pois as interpretações divergem dependendo da ótica de
cada um. Eu posso encontrar um problema num certo acontecimento, enquanto outro
nem consegue perceber como problema e sim como um fato acontecido sem consequência
alguma. Por estar fazendo parte da equipe pedagógica e dialogando com todos os
professores, percebemos seguidamente estes diferentes olhares, quando um
professor traz até nós um determinado fato e, ao interrogar outro professor que
trabalha com a mesma turma, afirma que nunca teve este tipo de dificuldade em
seu trabalho.
Nesta situação, o que se percebe é que a paciência
e a tolerância andam muito longe de alguns professores, e estas qualidades são
essenciais para que consigam desempenhar bem suas funções.
Ao definir objetivos de aprendizagem, apresentar a informação, propor
tarefas, responder a demanda aos alunos, avaliar a aprendizagem e exercer o
controle e a autoridade, os professores criam ambientes que afetam a motivação
e a aprendizagem. Em consequência, se queremos motivar nossos alunos,
precisamos saber de que modo nossos padrões de atuação podem contribuir para
criar ambientes capazes de conseguir que os alunos se interessem e se esforcem
por aprender e, em particular, que formas de atuação podem ajudar concretamente
a um aluno (TAPIA, 2003, p. 14).
Sabemos que a motivação está também incluída o ambiente que estimula o
organismo e que oferece o objeto de satisfação. Uma das grandes virtudes da
motivação é melhorar a atenção e a concentração, nessa perspectiva pode-se
dizer que a motivação é a força que move o sujeito a realizar atividades. Ao
sentir-se motivado o individuo tem vontade de fazer alguma coisa e se torna
capaz de manter o esforço necessário durante o tempo necessário para atingir o
objetivo proposto, que a preocupação do ensino tem sido a de criar condições
tais, que o aluno "fique a fim" de aprender. Diante desse contexto percebe-se que a motivação
deve ser considerada pelos professores de forma cuidadosa, procurando mobilizar
as capacidades e potencialidades dos alunos. Motivar passa a ser, também, um
trabalho de atrair, encantar, prender a atenção, seduzir o aluno, utilizando o
que a criança gosta de fazer como forma de engajá-la no ensino. Propiciar a descoberta. O aluno deve ser
desafiado, para que deseje saber, e uma forma de criar este interesse é dar a
ele a possibilidade de descobrir e desenvolver nos alunos uma atitude de
investigação, uma atitude que garanta o desejo mais duradouro de saber, de
querer saber sempre. Desejar saber deve passar a ser um estilo de vida. Essa
atitude pode ser desenvolvida com atividades muito simples, que começam pelo
incentivo á observação da realidade próxima ao aluno.
Diante disto precisamos repensar a nossa prática pedagógica e
permitir, dentro de nós mesmos, a mudança, o reconhecimento de que algo está
errado; de que algo está acontecendo e que devemos fazer alguma coisa
imediatamente para reparar o que está errado. É preciso que haja reflexão para entender
porque os alunos estão se afastando da escola e aceitar a possibilidade de que
os mesmos podem não estar encontrando lá o que mais precisam. Faz-se necessário
que se abram as portas e as janelas da escola e do íntimo de cada profissional
da educação, e deixar que os alunos se manifestem e mergulhem profundamente
naquilo que eles realmente necessitam. Vamos resgatá-lo enquanto há tempo!
Devemos estudar, rever as metas, objetivos, planejar , avaliar e buscar formas de motivação, pois só uma
boa e grandiosa motivação pode mudar a situação da desmotivação e desinteresse
dos nossos alunos.
Pensando nisso deixo aqui algumas dicas para motivar nossos alunos.
· Aplique o conteúdo com entusiasmo, evitando
aulas “mecânicas”;
· Faça com
que o aluno compreenda o que está sendo ensinado, ao invés de apenas memorizar;
· Busque
sempre relacionar os conteúdos com fatos da atualidade;
· Elabore
atividades que possa detectar a evolução do aluno;
· Estabeleça um ritmo de aula de forma que todos
possam acompanhar o raciocínio que exige o conteúdo;
· Quando o
aluno apresentar dificuldades, apresente a ele pistas proporcionando
oportunidades para superar as dificuldades, fazendo com que o aluno exerça seu
próprio raciocínio;
· Ao
iniciar a aula estabeleça metas e objetivos dessa, porém, baseados no ritmo da
turma, combinando regras para que não seja desviado o objetivo da aula;
· No
momento da avaliação, o ideal é que o professor evite comparações, ameaças, ou
seja, condutas negativas que possam vir a refletir maleficamente na auto estima
dos alunos;
· Identificar e aproveitar aquilo que atrai a
criança, aquilo do que ela gosta como modo de privilegiar seus interesses.
FONTES:
ANTUNES, Celso,
Professor bonzinho = aluno difícil: a questão da indisciplina em sala de aula-
Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
TAPIA, Jesús A;
FITA, Enrique C. A motivação em sala de aula: o que é como se faz. São
Autora: Lourdes Alves de Souza
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